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sexta-feira, 22 de março de 2019

O CONGRESSO NACIONAL REJEITA A EMENDA DAS DIRETAS E A VIDA CONTINUA


A população de uma sociedade não escolheu ser Historiador e por não ter as técnicas de evitar o Anacronismo e influenciada pelos fatos do momento acaba esquecendo os fatos e os personagens de fatos ocorridos no passado. Porém, o Historiador não pode se dar ao luxo de permitir ser influenciado por paixões ideológicas e embarcar no navio do discurso coletivo imposto por quem estar no comando dos governos e na condução da atividade intelectual do país. Como Historiador deve-se exorcizar heróis criados pela mídia e por instituições e partidos com interesses nada cívicos.
O Historiador deve relatar o fato histórico como ele ocorreu mesmo que o fato e os atores históricos não tenham sido os escolhidos pelos donos do poder nem lembrados pela população. Um dever social do Historiador é registrar os méritos e deméritos de um agente histórico mesmo que vá de encontro das convicções individuais do Historiador.
Hoje a classe política brasileira está vivendo com os descrédito da população e todos os dias as manchetes dos jornais e revistas estampam um político preso em casos de corrupção e a classe política nunca foi querida da população brasileira e hoje enfrenta a fúria da população pois, os atos de corrupção que todos sabiam saíram dos esgotos escuros e estão sendo expostos ao ar livre sob a luz e os olhos da população. A internet se encarrega em alimentar e espalhar o ódio da população a classe política. Hoje é simplesmente indefensável defender algum político.
Neste trabalho procurei apontar os acertos da classe política paraense e registrar com seriedade e verdade as ações dos Deputados e Senadores paraenses sem cair na tentação de crucificar alguém pelo fato em ter apoiado a rejeição da Emenda Dante de Oliveira, pois, os que isso fizeram tinham sua convicção política de que o brasileiro ainda não estava preparado para votar a Presidente da República. E se esses políticos tiveram outros motivos para não apoiar a Emenda Dante de Oliveira não foi o objetivo de este trabalho fazer tal tipo de investigação.
            Nesta podridão política em que vivemos atualmente vários políticos que estiveram na campanha das Diretas estão presos ou investigados por denúncias de corrupção e mesmo assim neste trabalho foi importante apontar o importante papel destes políticos na campanha das diretas, tais como: Jader Barbalho, Lula, Paulo Maluf, Domingos Juvenil, e outros. O trabalho não é panfleto publicitário e nem peça de Inquérito policial e sim um documento para apontar quem esteve ao lado da campanha das diretas.
            O trabalho procurou trazer para o conhecimento público políticos paraenses que tiveram importância nacional na campanha das diretas e saíram do cenário político e caíram no esquecimento de seus trabalhos para a aprovação da Emenda Dante de Oliveira, tais como: o Deputado Vicente Queiroz, Itair Sá da Silva, Maruandir, Brabo de Oliveira.
            Hoje alguns políticos que ainda estão no exercício do mandato e defensores da democracia e das eleições no período da campanha das diretas se posicionaram contra a Emenda Dante de Oliveira, tais como: o atual Prefeito Zenaldo Coutinho como o Deputado Gerson Peres.
            No curso de desenvolvimento deste trabalho onde a cada pesquisa descobri fatos que não tinham qualquer pertinência temática com o tema do trabalho e por justiça política me vi obrigado a incluir no trabalho, como por exemplo a luta do Deputado Romero Ximenes para a criação da Uepa, bem como, a batalha árdua do Deputado Maruandir para que fosse concedido a gratuidade para idosos em embarcações que navegassem pelo Pará, quando ainda nem se falava de estatuto de idoso.
            No cenário Nacional a cada investigação e pesquisa também deparei com agradáveis surpresas que teve o merecido registro, como o trabalho da Deputada Jandira do Pc do B do Rio de Janeiro, que antes de ser militante comunista exercia a Medicina de forma filantrópica e ajudou na organização da comício da Cinelândia. Discordo de tudo o que a Deputada Jandira prega em sua ideologia, mais como Historiador não poderia de registrar o importante papel da ex-médica na aprovação da Emenda Dante de Oliveira.
            O Deputado Ronaldo Passarinho era líder do PDS na Assembléia Legislativa e opositor ao Governo Jader Barbalho e em que pese eu não ter encontrado uma matéria do parlamentar paraense defendendo a Emenda Dante de Oliveira também não encontrei uma frase de Passarinho se dizendo contrária a mesma. E na entrevista com este Historiador Passarinho registrou a lealdade de Jader com a oposição, mostrou a carta do radical Babá pela boa Presidência de Passarinho, contou detalhes dos bastidores da política paraense que serão aproveitados em outro trabalho pois, fugia ao tema.
            A política moderna abandonou algumas práticas do passado que poderiam ser restabelecidas, como a conversa com a classe empresarial para projetos de infraestrutura. Jader Barbalho, por exemplo, ao obter 90 milhões de dólares para investimento reuniu com todos os empresários do Estado e o foi duramente sabatinado e desta reunião foram dadas sugestões e que foram devidamente executadas como a construção da PA-150 que até hoje interliga o sul do Pará.
            Outro fator importante revelado na campanha das diretas e revelado na pesquisa deste trabalho é a manipulação de massa feita pelos órgãos de imprensa onde descobri que a revista veja que hoje se vangloria da democracia que vivemos tentou manipular a massa omitindo a campanha das diretas e só foi obrigado a noticiar a campanha das diretas pela cobrança de seus leitores, pois, era impossível negar os milhões de brasileiros nas ruas. A revista Veja praticou um crime a cidadão brasileiro em uma omissão descarada e mantendo uma linha editorial onde buscava tratar a tramitação da Emenda Dante de Oliveira uma votação qualquer sendo conduzida por velhos políticos.
            A revista Veja escolheu seus heróis e tentou demonizar e eliminar Ulysses Guimarães do cenário político e a própria população se encarregou em desdizer a revista e nomeou Ulisses o Senhor Diretas. Este Historiador não cobra acertos da Imprensa nem da Revista Veja e sim lealdade aos fatos e o compromisso com os eleitores e eventuais equívocos deveriam ser analisados, reconhecidos e se for o caso um pedido de desculpas, pois, é comum as difamações merecerem as manchetes e as retratações ficarem nas notas de rodapés.
            O brasileiro rotineiramente é acusado injustamente de que é o alienado político e de que não sabe votar, e no curso da pesquisa deste trabalho aprendi que esta acusação está longe de ser verdade o que talvez ocorra é a falta de interesse pela política o que acaba fazendo com que as pessoas escolham seu candidato a partir de afinidades sociais e familiares e em 4 em 4 anos pessoas despreparadas e sem o comprometimento com a causa pública vem se perpetuando na política. E na campanha das diretas onde milhões de brasileiros foram as ruas, sem qualquer motivação ideológica ou financeira mostrou a sua capacidade de se organizar e reivindicar suas vontades. O que falta a esta trabalhadora população são líderes, pois, o que se vê são oportunistas de plantão que se aproveitam até de um cadáver ou de uma tragédia para se promoverem. Falta ao Brasil outros Ulysses Guimarães.

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